
Hoje acordei as 6h da manhã, atrasado, como é de praxe. Me vesti e segui meu rumo ao ponto do ônibus fretado que invariavelmente me leva ao
pelourinho trabalho. Chego ao ponto, em frente a uma galeria em reforma, e tenho que me deslocar para mais adiante que o de costume, visto que a calçada onde habitualmente fico está, também, sendo reformada. Olho para a esquerda e vejo um vulto mexendo em algo: é uma senhora que revirava os sacos de lixo ali depositados, e procurava por algo que pudesse ser vendido (latinhas, no geral). Ela já devia estar ali há algum tempo, o que me fez refletir sobre o horário que ela deve ter acordado. Enfiou alguns achados em um de suas sacolas plásticas e saiu. Parou para receber uma latinha do vigia do estabelecimento, que parecia "conhecê-la". Seguiu, meio mambembe, perigosamente pelo beirada da via pública, sempre ameaçada por barulhentos Chevetes e peruas escolares que não sabem o que um círculo metálico redondo, de borda vermelha e a inscrição "60Km" possam significar. Mas por onde mais ela poderia passar?
Fiquei olhando e pensando no que poderia ter feito, e fiz o que todo bom e conciente cidadão faria: entrei no fatídico ônibus que me levaria a uma labuta menos sofrida que a daquela senhora.
Beijos a todos. Vos encontrarei no inferno.
3 comentários:
Eu não vou pro inferno não!!!
Eu não vou pro inferno não!!!
Viviane
Cara, caso você chegue lá antes de mim vai preparando o churras que eu vou levar uma galera.
Postar um comentário